A história econômica do Brasil, desde a década de 1960, é um reflexo da instabilidade monetária enfrentada pelo país. Ao longo de várias décadas, o Brasil passou por uma série de mudanças de moeda, muitas delas durando menos de três anos.
A sucessão de moedas, como Cruzeiro, Cruzado Novo e outras, marcou um período de inflação descontrolada e esforços contínuos para restaurar a confiança econômica.
O Cruzeiro Real (CR$), introduzido em agosto de 1993, foi um exemplo marcante dessa era e foi substituído em julho de 1994 pelo Real (R$), após apenas 11 meses de circulação.
Anteriormente, o Cruzado Novo (NCz$), lançado em janeiro de 1989, durou pouco mais de um ano até ser substituído pelo Cruzeiro (Cr$) em março de 1990.
Essas constantes mudanças refletem os desafios enfrentados pelo governo na tentativa de estabilizar a economia.
Tanto no Cruzado, em 1989, quanto no Cruzado Novo, houve corte de três zeros na moeda como forma de tentar conter a alta inflação.
Além disso, também existiu a URV (Unidade Real de Valores), implementada em 1993 como uma transição para o Real.
A transição das moedas
A instabilidade que motivou as frequentes alterações monetárias foi impulsionada principalmente pela inflação descontrolada. Cada nova moeda introduzida visava conter a desvalorização e estabilizar os preços.
Contudo, o objetivo de alcançar estabilidade econômica demorou a ser atingido, gerando incertezas no mercado.
O Brasil experimentou diversas moedas antes de chegar ao Real. Em 1986, foi introduzido o Cruzado (Cz$), que durou cerca de três anos.
Já o Cruzeiro Novo (NCr$) surgiu em 1967 e teve uma duração um pouco maior, de três anos e três meses. Esses períodos curtos evidenciam a dificuldade do país em controlar a inflação e manter uma moeda estável.
Com a implementação do Plano Real em 1994, o Brasil finalmente conseguiu estabelecer uma moeda estável. O Real trouxe controle sobre a inflação e atraiu investimentos estrangeiros, representando uma virada na história econômica do país.
Hoje, ao comemorarmos 30 anos do Real, refletimos sobre as lições aprendidas com as moedas que não resistiram à volatilidade do passado.