O número de pessoas que deixam de usar planos de saúde no Brasil vem crescendo nos últimos anos. As principais razões para essa mudança são o aumento dos custos, com planos mais caros, assim como o reajuste anual e outros fatores que deixam os planos menos atrativos e colocam uma pressão imensa sobre o orçamento das famílias brasileiras.
Por mais que seja uma decisão difícil e vista como arriscada, muitas famílias têm cancelado ou suspendido os serviços. Em meio à crise econômica, essa realidade se torna ainda mais desafiadora, obrigando as pessoas a priorizar outras despesas essenciais para garantir o bem-estar básico.
Alto custo é motivo de cancelamento de planos
Segundo dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o número de brasileiros com planos individuais ou familiares sofreu uma queda expressiva de mais de 8,8 milhões em fevereiro de 2023 para cerca de 8,7 milhões em 2024.
O aumento foi alto em alguns estados, a exemplo da Bahia. No geral, o alto custo dos planos continua sendo o principal motivo para os cancelamentos. Além do alto custo, outros fatores que influenciam a decisão de cancelar ou suspender os planos de saúde são o desemprego, que leva à perda da cobertura do plano oferecido pela empresa.
A insatisfação com o serviço é mais um motivo recorrente, pois muitos clientes reclamam da má qualidade do atendimento, longas filas de espera e dificuldade para agendar consultas e baixa cobertura, com poucas opções de profissionais que atendam pelos planos.
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A tendência é que o problema se agrave ainda mais, pois a redução do número de clientes pode levar a cortes de serviços e aumento das filas de espera nos planos restantes. A situação é vista como desafiadora para ambos os lados, tanto para os clientes quanto para os planos de saúde, que precisam encontrar formas de melhorar o serviço.
Ao desistir dos planos, muitos brasileiros têm recorrido ao SUS, o que também provoca uma lotação ainda mais alta e amplia as dificuldades já comuns ao sistema público. Por tudo isso, o futuro dos planos de saúde no Brasil se apresenta cada vez mais incerto, exigindo ações de melhoria dos serviços por partes da empresa, assim como novos desafios para o governo, que precisa ampliar e melhorar o atendimento público.