Um erro muito comum é acreditar que as dívidas de um empréstimo acabam com o falecimento do devedor. A realidade, no entanto, é mais complexa e exige planejamento. Caso contrário, sem os devidos cuidados, o patrimônio familiar pode ficar em risco e comprometer a estabilidade daqueles que ficaram.
Após o falecimento de uma pessoa, o empréstimo em nome dela pode ter alguns caminhos. Por exemplo, se o empréstimo possuía seguro prestamista, a seguradora assume o pagamento da dívida à instituição financeira, liberando os bens e herdeiros dessa responsabilidade.
Esse tipo de seguro nada mais é que um produto financeiro que garante o pagamento do empréstimo ou financiamento em caso de falecimento do devedor.
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Na ausência de seguro, os bens e direitos do falecido, como imóveis, veículos e investimentos, são utilizados para quitar a dívida. Os herdeiros não herdam a dívida em si, mas a herança pode ser reduzida até o limite do patrimônio do falecido.
Em outros casos, o prejuízo pode ficar para a instituição financeira. Por exemplo, nos casos de empréstimos concedidos sem garantia, como seguro, fiança, hipoteca ou penhora, que podem resultar em perdas para a instituição financeira.
Garanta a segurança familiar!
Pensando nisso, é muito importante se proteger dos imprevistos e garantir a segurança familiar. É fundamental ter um planejamento financeiro estruturado, incluindo medidas como seguro de vida, que garante a quitação de dívidas e oferece suporte financeiro aos familiares em caso de falecimento.
Outra possibilidade é o holding patrimonial, que separa o patrimônio pessoal do patrimônio da empresa, protegendo bens em caso de dívidas empresariais. Além disso, a previdência privada complementa a aposentadoria e oferece recursos para imprevistos.
Para os familiares, após o falecimento, é importante comunicar aos bancos, administradoras de cartão e demais credores sobre o ocorrido. E mais: seguir com o inventário é importante para formalizar a partilha dos bens entre os herdeiros e definir a destinação das dívidas.