Um estudo do Bank of America Corp. e outros colaboradores no Brasil revela um retrato interessante da Geração Z em relação à economia. Nascidos entre 1995 e 2010, esses jovens demonstram uma tendência a priorizar experiências momentâneas, o que dificulta a construção de uma reserva financeira sólida.
Para eles, a reserva de emergência é algo difícil de ser pensada e executada. No Brasil, a renda limitada da Geração Z muitas vezes não acompanha o ritmo dos gastos, especialmente com transporte, alimentação e lazer. Essa realidade, combinada com a falta de recursos para imprevistos, torna a gestão financeira um desafio.
Ou seja, mais do que uma simples dificuldade de poupar, os gastos também são altos, diferentemente de muitos contextos vividos por outras gerações.
Há ainda uma forte influência do consumismo. Isso ocorre porque a constante exposição à publicidade, principalmente nas redes sociais, é um fator que leva muitos jovens a fazer compras por impulso de itens menos necessários, o que prejudica ainda mais a economia de recursos.
Essa geração enfrenta ainda um mercado de trabalho marcado pela informalidade, baixos salários e poucas oportunidades de crescimento. Essa realidade limita a capacidade de poupança, dificultando a construção de uma boa reserva financeira.
Outro ponto, mais ligado ao comportamental, está no fato de a Geração Z priorizar experiências e vivências imediatas. Ou seja, para eles, o presente é tudo o que mais importa. Assim, muitos dos gastos têm como foco satisfazer o agora, sem pensar em dinheiro para imprevistos ou, quem sabe, uma reserva de emergência.
Além disso, são adeptos do cartão de crédito e buscam constantemente novas experiências, impulsionando o consumo em diversos setores. Em excesso, isso pode prejudicar bastante a economia de dinheiro e o controle do orçamento.
De olho no futuro?
Apesar das dificuldades financeiras, um movimento está se firmando entre os jovens brasileiros: o investimento. Cada vez mais, a Geração Z demonstra interesse em produtos de renda fixa, com preferência por ações em crescimento, o que pode ser entendido como uma meta financeira a longo prazo.