O reajuste nos benefícios dos servidores públicos segue travado devido à falta de resposta das categorias do Poder Executivo federal. O governo propôs um reajuste zero nos salários para 2024, oferecendo em alternativa um aumento nos benefícios, como auxílio-alimentação, saúde e creche.
A maioria das carreiras tem aceitado a proposta para os auxílios, porém há manifestações contrárias. Entre aqueles que estão contrários às propostas de auxílio estão os servidores da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que seguem insatisfeitos com a oferta.
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Falta de consenso é a causa
Os valores propostos representam um aumento significativo, porém, há queixas de que esses benefícios não contemplam aposentados e pensionistas. Além disso, alguns grupos demandam uma equiparação progressiva com os valores pagos pelo Legislativo e Judiciário.
Com esses pontos em aberto, o reajuste dos benefícios dos servidores públicos federais segue lentamente por conta da falta de consenso entre as categorias do Poder Executivo e o governo.
Por isso, o desenrolar das negociações dependerá da capacidade do governo e das entidades representativas dos servidores em chegar a um acordo que atenda às demandas das diversas categorias. Por enquanto, essas negociações seguem em andamento.
No ano passado, o ajuste foi geral para todos os servidores, sendo de 9%. Apesar disso, agora em 2024, o governo segue firme na proposta de reajuste zero. O motivo, segundo o governo, é a falta de espaço orçamentário.
Aumento de benefícios
A saída que o governo encontrou foi oferecer o aumento de benefícios. Assim, o auxílio-alimentação subiria de R$ 658 para R$ 1 mil. O auxílio-saúde, de R$ 144 para R$ 215, e o auxílio-creche subiria de R$ 321 para R$ 484,90.
Com essa proposta, os valores indicados pelo governo representam um aumento de 51,06%, sendo recursos já reservados no Orçamento. Mas, por enquanto, nada está decidido nesse sentido. Assim, se um acordo for firmado, o reajuste será retroativo a maio de 2024, com o pagamento da diferença em junho.