A perda da guarda dos filhos é um tema delicado e complexo, que envolve questões jurídicas, sociais e emocionais. No Brasil, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) estabelece que a guarda dos filhos deve ser prioritariamente exercida pelos pais, mas essa responsabilidade pode ser transferida para outras pessoas em determinadas situações, sempre para proteger o bem-estar da criança.
Por ser uma medida extrema, ela deve ser tomada apenas em casos graves, quando a criança está em situação comprovada de risco e seus direitos estão sendo violados. Em situações assim, é essencial buscar ajuda profissional de um advogado especializado em direito da família para iniciar o processo legal de forma correta e justa.
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7 motivos que levam à perda da guarda dos filhos
Entre os motivos que podem levar à perda da guarda de uma criança estão:
1. Abuso físico, psicológico ou sexual: a violência contra a criança, em qualquer forma, é um crime grave que viola seus direitos e coloca em risco sua segurança e desenvolvimento.
2. Negligência: deixar de cuidar das necessidades básicas da criança, como alimentação, higiene, saúde e educação, pode ser considerado negligência e levar à perda da guarda.
3. Abandono: abandonar a criança, deixando-a sem os cuidados e proteção necessários, é crime e pode resultar na perda da guarda.
4. Dependência química: o vício em drogas ou álcool por parte dos pais pode prejudicar a capacidade de cuidar da criança e colocar em risco seu bem-estar.
5. Problemas psicológicos graves: transtornos mentais graves que impeçam os pais de cuidar da criança de forma adequada podem levar à perda da guarda.
6. Atividade criminosa: a prática de crimes pelos pais pode colocar a criança em risco e levar à perda da guarda.
7. Descumprimento de decisões judiciais relacionadas à criança: como a pensão alimentícia ou o regime de visitas, pode ser considerado um indicativo de que os pais não estão cumprindo suas responsabilidades.
Evidências
No geral, qualquer decisão que coloque em risco a segurança, saúde, educação ou desenvolvimento da criança pode levar à perda da guarda. Para comprovar que essa é a melhor medida, é preciso um processo judicial bem fundamentado, que inclua evidências que comprovem as situações de risco à criança.
Algumas das provas que podem ser utilizadas são documentação médica e psicológica, como atestados, relatórios e qualquer documento que comprove o abuso, a negligência ou outros problemas que coloquem a criança em risco.
Além disso, boletins escolares, relatórios de faltas, notas baixas e outros documentos que indiquem que a criança está sendo negligenciada em sua educação também valem como prova. Inclui ainda testemunhos de vizinhos e conhecidos. Em alguns casos, evidências como fotos, vídeos ou gravações podem comprovar os riscos.